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Melhor Forma De Portar Arma.

​Guardar uma arma significa que ela está sob sua responsabilidade, posta em local controlado mas fora do alcance para imediata aplicabilidade. Assim um terceiro, em tese, poderia ter acesso ao equipamento, mesmo que independente de sua vontade. Por outro lado, o porte é o controle total da arma, pois ela se encontra no seu corpo e pronta para ser empregada. Levando isso em consideração, vamos discorrer sobre algumas observações.



1 – PORTE DE ARMA DE FOGO


Depois da arma e suas munições, o coldre é o equipamento mais importante no porte de armas. A escolha de um bom coldre deve levar em consideração aspectos ligados ao conforto e à necessidade.


Conforto


A maneira natural de acessar a arma. Por exemplo, se o usuário tem problemas na coluna ele seguramente não escolherá um ‘coldre de canela’, por outro lado, este mesmo coldre poderia ser bem útil se o usuário necessita trabalhar sentado.

O conforto não é no sentido de deixar as coisas aconchegantes, e nem perseguir primordialmente o bem-estar. O conforto aqui defendido trata da adequação do movimento de sacar uma arma com a anatomia e características do corpo humano. O objetivo é aprimorar a técnica e deixar tudo o mais natural possível para ganhar velocidade na hora de acessar o armamento.


​Necessidade


Este ponto considera a situação física do portador do equipamento e também visa atender a atuação prática do portador da arma de fogo. A necessidade ditará onde portar e o qual será o melhor equipamento a ser usado. Vejamos alguns exemplos de posicionamento do armamento:


Exemplo 1: No caso de utilizar calça e um casaco por cima da camisa ou camisa solta – o ideal seria na cintura presa no cinto ou virilha.


Exemplo 2: No caso do usuário ter que usar calção ou bermuda, pode-se portar em uma pochete ou prender bem a bermuda e usar na virilha.


Exemplo 3: Se estiver sentado, admite-se porte invertido ou na canela. Lembrando que para cada local escolhido terá que ser precedido de treinos para o saque rápido.


A melhor maneira de portar a arma é a ostensiva e na cintura tal como os agentes públicos o fazem. No Brasil, enquanto estiver de serviço e usando uniforme, o porte de arma ostensivo é permitido.


O centro de gravidade do corpo é o melhor local. Coloque-as do lado direito ou esquerdo, sem estar muito à frente ou muito atrás, onde naturalmente a mão alcançar.


Lembrando que o porte ostensivo faz com que o usuário perca a vantagem do segredo da localização e da existência do armamento. O usuário terá a facilidade do acesso à arma, mas outros saberão exatamente onde e quem está armado.


2 – PORTE NA FOLGA


Quando estiver de folga, ou seja, sem o uniforme, o porte terá que ser velado. Dependendo do local, alguns pontos negativos são evidentes, então vejamos:


Costas: Esta posição é uma das mais frágeis. Contudo não podemos falar que este porte está errado, uma vez que existem necessidades especiais em investigações que justificam esta prática.


Parte inferior da Perna: Movimentos dificultados. Este porte traz dificuldades para o saque mas serve para ocultar uma arma com bastante eficiência.


Outro sério problema está relacionado com problemas na coluna do usuário, uma vez que estes armamentos podem pesar até 800g, apenas de um lado do corpo e longe do centro de gravidade. É necessário que seja feito constantemente revezamento de perna para tentar equalizar este mal. A troca constante dificulta no treinamento do saque.


Axila: Grande obstáculo por conta da camisa. Vivemos em um país tropical e fica difícil manter-se vestido com terno ou casaco para ocultar este tipo de coldre. Bonito mas pouco prático, principalmente em países de clima quente. Há exceções, em alguns casos o porte fora da linha de cintura pode ser a melhor opção. Por exemplo, portadores de necessidades especiais ou como técnica de ocultação de armamento.


3 – PERTO DO IDEAL


O comportamento correto para quem porta arma de fogo é o treinamento sistemático e o cultivo do vigor físico. Contudo, temos que considerar que boas condições físicas e treinamentos não duram para sempre e no dia a dia de todo ser humano tende a decair.


A idade cobra o preço e os treinamentos, depois de um certo tempo, são relegados a segundo plano, embora temporariamente seja preciso provar o mínimo de destreza para manter o porte.


O melhor é cultivar o hábito de manter o seu armamento em um único local onde o saque foi treinado exaustivamente a ponto de ter se tornado algo “quase” instintivo.


O papel do chefe de segurança é manter uma padronização para que os funcionários não inventem locais esdrúxulos para colocar o armamento. Dentre esses locais, podemos citar o colete, não o citamos anteriormente por ser uma aberração total.


4 – ALGUNS CUIDADOS COMPLEMENTARES


Vale lembrar que o porte traz novas obrigações. Eis algumas delas:


Manter-se alerta sempre que estiver com o par- carteira e arma, que jamais andam separados. Você é quem está habilitado para portar o armamento e a sua vida depende deste controle extra.


Nada de mostrar a arma para amigos e nem de dar instruções improvisadas com comparação de armamentos fora de um local apropriado. Toda instrução deve ser feita em um estande de tiros e com um instrutor habilitado auxiliando.


Outro ponto é sobre a necessidade de guardar a arma com o respectivo documento de porte. Isso impede você de ser encontrado por um bandido na rua com apenas o documento de porte. Este é o pior cenário possível para um vigilante, pois o bandido não perdoará. O porte acompanha a arma e não a você!


Não coloque o porte na carteira comum do dia a dia, para evitar a desassociação do equipamento com a arma em alguma situação especial. Assim recomendamos a separação de carteiras, sendo uma para documentos e dinheiro, e outra somente com o documento de porte.


Controle de cano, manutenção no equipamento, troca de munição e treinamento periódico são lições que se aprendem no curso obrigatório para aquisição do porte de armas. No entanto, esta obrigação deve se estender ao longo da jornada em que durar o porte do armamento. Trata-se de um compromisso pessoal de manter esta matéria no programa de educação continuada da empresa.


Sacar o armamento somente se tiver a intenção de usá-lo e em situações que justifiquem o seu ato (estrito cumprimento do dever legal, legítima defesa própria ou de terceiros).


Uso sempre de munição adequada e dentro do prazo de validade: Trata-se de um elemento essencial para a arma de fogo e merece toda atenção na aquisição.


Note que existem algumas munições que mesmo sendo de calibre diferente casam perfeitamente em uma arma de outro calibre. É o exemplo da munição .38 que encaixa na .357. O fato é que munições inadequadas podem ocasionar acidentes sérios. O problema fica ainda maior, quando munições mais potentes são colocadas em um armamento inferior.


5 – FINALIDADE


A arma de fogo usada pelo policial e pelo vigilante serve para dar-lhes condições de se defenderem e de fazer valer as garantias fundamentais do cidadão. Basta que uma pessoa com más intenções veja o policial ou vigilante empunhando uma arma que os seus efeitos intimidadores irão surtir.


Então eu bato nesta tecla que o porte de arma é um meio necessário para que a autoridade no momento consiga fazer valer a lei no caso concreto, sendo que a velocidade e a efetividade do saque é que garantirão-lhes a vida.


Assim concluímos


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